O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, defendeu, nesta terça-feira (28), em Brasília, durante a Oficina das Fundações, a união entre os partidos para que o Brasil tenha uma democracia sólida. Além da legenda pedetista, o encontro reuniu dirigentes do PT, do PCdoB, do PSB, que debateram a base mínima de um novo projeto de desenvolvimento para o País.
“Esse grupo não pode ficar apenas nesse encontro. Tem que se aprofundar em saídas para o Brasil. Temos que ter muita lucidez, muita tranquilidade e aprender muito com o que já aconteceu no nosso passado, com falta de democracia”, afirmou Lupi.
“Hoje não se precisa de Exército na rua para uma ditadura. Nós vivemos uma ditadura de uma elite que quer retirar direitos e deter os avanços da sociedade”, completou Lupi.
Também presente no encontro, Manoel Dias, que é o secretário-geral nacional do PDT e presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), reforçou o tom de mobilização e exaltou as ações realizadas pelas fundações Perseu Abramo, do PT, Maurício Grabois, e João Mangabeira, do PSB.
“A elite tenta, historicamente, nos dividir, mas devemos reafirmar, nesse momento conturbado do Brasil, que estamos unidos para seguir na luta contra o neoliberalismo e os desmandos do governo federal“, indicou.
Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fora da política e da democracia, não há como garantir os direitos básicos da população. A dirigente criticou a reforma trabalhista e classificou a medida como uma das “maiores violências contra o povo trabalhador brasileiros”.
“O que estão fazendo com as pessoas é injustificável. É esse desmonte que estamos vivendo no Brasil, das garantias, dos direitos, mas também da democracia brasileira. A inversão de papéis, a judicialização da política, a politizado do Judiciário. A gente nossa criar uma frente de esquerda para eleições livres e democráticas em 2018”.
Já a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, elogiou o fato de as fundações se disporem como ferramentas fundamentais para os partidos apresentar saídas e ideias para os impasses contemporâneos do desenvolvimento nacional. “Mais do que nunca nós precisamos beber nessas fontes, é a experiência concreta que pode nos encaminhar caminhos. Estamos à disposição para poder, a partir de uma plataforma básica e de um acúmulo teórico de cada partido, fazer uma construção coletiva. Nós acreditamos muito nisso”, finalizou Luciana.
Carlos Siqueira, presidente do PSB, fez uma relação entre o atual momento vivido pelo Brasil e a ditadura militar. “O momento que estamos vivendo é de tal maneira negativo para o povo, que nem mesmo na ditadura, foi tão difícil”.
Para ele, a união entre os partidos é relevante para construir uma caminhada contra o conservadorismo que a sociedade brasileira tem vivido. “A nossa luta é permanente e as futuras gerações haverão de dar sequência a essa luta”.