Ângela Portela acusa governo Temer de crueldade com os servidores públicos


Ascom senadora Ângela Portela
01/11/2017

A senadora Ângela Portela (PDT-RR) acusou o governo Temer de repassar aos trabalhadores a conta das falhas de sua política econômica. “Desta vez”, alertou Ângela, “o governo baixou duas medidas provisórias que pretendem fazer o ajuste fiscal às custas dos salários do funcionalismo”.

A primeira delas eleva a contribuição previdenciária do funcionalismo público. O desconto passará de 11% para 14%. Significa, na prática, que os salários dos servidores sofrerão uma redução de 3%. Como a legislação brasileira não permite o corte puro e simples dos salários, adota-se o artifício de elevar a contribuição previdenciária.

A outra medida provisória suspende o reajuste de categorias de servidores públicos que já tinham essa correção salarial negociada. Era algo de líquido e certo.

Com medidas como essas, o governo espera contar com R$ 14,5 bilhões a mais no seu caixa em 2018. ​Não é à toa, alertou a senadora, que as medidas tomadas ontem já se tornaram conhecidas como “pacote de maldades”.

O governo atingiu também quem ganha salário mínimo: baixou novamente a previsão para reajuste de 2018, passando dos R$ 979 previstos para R$ 965.

“Assim como se empobrece o servidor público, atinge-se o aposentado, o pensionista, o pobrezinho que sobrevive com o salário mínimo”, disse Ângela. Cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil, calculou a senadora, recebem salário mínimo, entre aposentados e pensionistas, cujos benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo governo federal.

Ao mesmo tempo em que agride servidores, aposentados, pensionistas, brasileiros que sobrevivem com o salário mínimo, o governo faz cortesias, sempre com dinheiro público, para setores do empresariado. Foi assim que o Planalto decidiu prorrogar a adesão ao Refis por mais duas semanas, para beneficiar grandes empresários, graças a alterações de última hora feitas de modo a atender deputados que salvaram o presidente da denúncia por corrupção feita pelo Ministério Público.

O que faz o governo, disse Ângela, é elevar o Orçamento para gastar mais e fazer benesses aos ricos com o dinheiro público. De outro, para economizar alguma coisa, tripudia sobre os servidores, sobre os aposentados, sobre os pensionistas, sobre quem ganha menos.

Tudo isso consta do “pacote de maldades” que acaba de ser baixado, em mais um ato cruel, em mais um ato de perversidade, concluiu a senadora de Roraima.