Diferentemente do que nossas retrógradas elites desnacionalizadas diziam sobre a área do pré-sal, após 11 anos de sua descoberta, sua exploração compete com os gigantes petrolíferos localizados no Oriente Médio, conforme noticiou a manchete do jornal Estadão de 21 de outubro de 2017.
As limitações tecnológicas foram superadas e, atualmente, a produção de 1,5 milhão de barril/dia corresponde a mais da metade da produção nacional do nosso país, tornando-o, assim, mais lucrativo e competitivo.
A descoberta e a exploração da camada do pré-sal são frutos da tecnologia desenvolvida pela Petrobras, – empresa estatal criada em 1953, por Getúlio Vargas, – símbolo da nossa soberania nacional, e que desempenha papel fundamental para o desenvolvimento do nosso país, com investimentos nas áreas social e de infraestrutura; no mercado mundial, o Brasil ascende a um patamar de competitividade e protagonismo na disputa com o Oriente Médio e os países como por exemplo: EUA, China e Rússia, atuais líderes de mercado petrolífero.
Um dos motivos do golpe que apeou da presidência da República, a presidente legitimamente eleita Dilma Rousseff, foi a questão da privatização da Petrobras, pauta essa que sempre foi pano de fundo na disputa política no Brasil.
Em 1954, na Carta Testamento de Getúlio Vargas deixada ao povo brasileiro antes do seu suicídio, ele próprio já denunciou os interesses obscuros de nossas elites, onde menciona que “… a campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se a dos grupos nacionais”, provando, mais uma vez, os interesses internacionais contra nossa soberania, contra nosso povo, e pior que isso, a favor da subserviência de um país refém da ganância de exploração e capitalista.
Sessenta e quatro anos depois de sua criação continuamos, pacificamente, assistindo toda essa potencialidade, riqueza e tecnologia sendo entregues novamente aos grupos internacionais pelo atual Governo ilegítimo, que cumpre rigorosamente seu papel de submissão frente aos interesses, que infelizmente, não são os nossos.
Privatizar a Petrobras e permitir que grupos estrangeiros utilizem aos seus bel-prazeres do nosso patrimônio público é perder a oportunidade de um desenvolvimento nacional, é condenar gerações futuras por falta de investimento em educação, saúde e moradia.
A memória histórica relata que as grandes potências, geralmente, vão à guerra na disputa por petróleo, exploração e riquezas; e em nosso país, estamos, gentilmente, doando nosso futuro soberano sem abrir a mínima frente de batalha.
Precisamos defender nossa riqueza, uma vez que o pré-sal está localizado em território brasileiro.
Precisamos por fim ao nosso estereótipo sob domínio de uma classe social elitista, antinacional, anti-povo e anti-desenvolvimento.