“O antídoto contra o ódio é o amor”. Foi com essa e outras reflexões que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, marcou a sua participação na Convenção do PDT Diversidade do Distrito Federal, realizada nesta quarta-feira (4), na sede nacional do partido, em Brasília. Comandado pela presidente nacional do movimento, Amanda Anderson, o encontro marcou a oficialização do movimento na capital, com a nomeação de Alexandre Lira como presidente.
Além de dirigentes pedetistas, dentre eles a secretária-geral do PDT-DF, Eroídes Lessa, a reunião também reuniu parlamentares e representantes de secretarias e pastas da diversidade de outras legendas, como a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputada Érika Kokay, do coordenador nacional do PPS Diversidade, Eliseu Neto, e do coordenador da Comissão LBGT do Conselho Regional de Psicologia (CRP-DF), Thiago Magalhães, ente outros.
Para Amanda Anderson, a estruturação do PDT Diversidade no DF mostra a sua força ante as políticas de Direitos Humanos em prol de minorias e mostrou-se urgente, devido aos parlamentares presentes em sua primeira pré-convenção.
“Confiamos o trabalho a quem tem competência e sabemos que será executado da melhor forma possível, porque, em todo o Brasil, nós temos feito a diferença, e não será desta vez que deixaremos de fazer”,
Cheio de expectativas, Alexandre Lira – que aos 25 anos já acumula 10 anos de experiência na política – afirma não ver a hora de começar a colocar em prática todos os projetos já elaborados. “Quero ser referência para outros estados, através dos meus projetos. E mostrar trabalho executado”, revela o pré-candidato a deputado federal pelo PDT.
Lupi lembrou que a causa LGBT não apenas faz parte da pauta dos Direitos Humanos – uma das principais bandeiras do PDT –, como já foi defendida pela postura visionária de Leonel Brizola, posicionamento elogiado por Érika Kokay.
“Parabenizo o PDT-DF por dar continuidade a essa bandeira histórica do partido. A construção de uma sociedade mais justa e igualitária só será feita com o respeito à diversidade. É uma pauta importante para que a gente possa caminhar para uma sociedade socialista”, argumenta Kokay.
Thiago Magalhães também parabenizou o PDT e destacou a atuação de Amanda Anderson, que, segundo ele, tem feito um trabalho incansável por todo o Brasil. “É uma liderança respeitada em todo o território nacional pelo movimento LGBT”, elogiou, colocando o CRP-DF à disposição da legenda.
Amor x preconceito
O presidente Lupi também aproveitou a oportunidade para destacar o fato de a discriminação contra a população LBGT ter uma raiz cultura, arraigada em tradições familiares e religiosas. E contra essa realidade, ele afirma ter a melhor a receita: o argumento do amor.
“É preciso abordar o discurso preconceituoso com o argumento do amor. Quem descriminaria o amor?”, questionou Lupi, para quem essa compreensão se torna mais tangível àqueles que passam ou passaram pela experiência de ver amigos e familiares serem vítimas de discriminação de gênero. “O antídoto contra o ódio é o amor”, afirmou.