“Temos de abrir o acesso à terra para quem nela deseja trabalhar”, declarou o candidato à Presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, durante debate com representantes da Frente Nacional Luta Campo e Cidade (FNL). Moderado pelo líder nacional do movimento, José Rainha, a reunião aconteceu na manhã desta terá-feira (8), na sede nacional do PDT, em Brasília.
O encontro teve a presença do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, do deputado federal André Figueiredo (CE), do secretário-geral e presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), Manoel Dias e da vice-presidente nacional do PDT e presidente nacional da Ação da Mulher Trabalhista, Miguelina Vecchio.
“Nós viemos aqui para ouvir o Ciro diretamente e entender análise que ele faz da atual crise política e econômica que o Brasil atravessa. Trouxemos perguntas para ouvir as perspectivas apontadas por Ciro”, anunciou José Rainha.
“Não ficamos em cima do muro. Somos um movimento social e não um movimento partidário. Somos da luta pela reforma agrária e vamos escolher um candidato”, avisou o líder.
Ciro destacou, durante sua fala, que “tinha vontade de dizer que toda a família que precisa de terra, terá”.
“Mas infelizmente a questão não é tão simples. A Reforma Agrária moderna precisa vir acompanhada de outras grandes questões e ser debatida de forma clara e objetiva, levando em consideração todas as variáveis que o tema exige”, afirmou.
Ciro também fez um resumo do atual momento político, principalmente na área econômica. Ex-ministro da Fazenda, Gomes afirmou que o caos econômico atual em muito tem a ver com o movimento dentro do Congresso, quando Eduardo Cunha – que está preso- ainda era Presidente da Câmara e boicotou na Casa medidas que precisavam ser tomadas ainda pelo Governo Dilma.
“Hoje já está sendo mostrado que Cunha comprou o impedimento de Dilma, entre os deputados, e antes disso, impediu que o Governo aprovasse medidas fundamentais para enfrentar a crise que ainda se avizinhava naquele momento. Foi tudo articulado e pensando para derrubar a Dilma”, afirmou.
Depois da palestra de Ciro, o encontro foi aberto para perguntas dos cerca de 60 participantes. Questionado sobre a reforma da previdência, Ciro reiterou que, embora ela seja necessária, a ausência de um déficit, ao contrário do que a mídia e o atual governo defendem, essa alteração deve ser feita com tranquilidade e debatida com a população.