Dilma critica atos do governo de Temer em entrevista para Mariana Godoy na Rede TV

A jornalista Mariana Godoy entrevistou nesta sexta-feira (10/6) a presidente afastada Dilma Rousseff e ambas discutiram o atual cenário político brasileiro e todas as repercussões do processo de impeachment.

Mariana abriu a entrevista falando sobre Eduardo Cunha que também está afastado e está sendo julgado pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.

“Eu não gosto de condenar ninguém porque eu não faço papel de juiz, mas que se cumpra rigorosamente a pauta e que as manipulações parem e sejam interrompidas. E que ele [Cunha] responda na justiça pelas contas na Suíça e pelo fato de ele ter negado que ele tinha contas na Suíça.”, disse Dilma.

Sobre a polêmica do uso da palavra “golpe”, a presidente foi categórica:

“Dizem que não é golpe porque as instituições estão funcionando. Há hoje, no mundo, uma outra compreensão a respeito dos tipos de golpe existentes. O golpe militar afastava o presidente, mas ao mesmo tempo destruía o regime democrático, acabava com o direito de imprensa, acabava com a liberdade de opinião. O golpe no momento atual usa de outro método, ele quebra a legalidade, quebra a Constituição, e tenta manter o regime democrático (…) Eu irei até as últimas consequências para defender as instituições.”

Dilma disse que está “tranquila” e que irá “lutar para voltar”.  Ela também criticou decisões de Temer:

“Não dá para acabar com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O futuro do nosso país depende da ciência, da tecnologia e da inovação”.

Para Dilma, o processo de impeachment foi um claro desvio de poder e isto está confirmado pela gravação com o senador Romero Jucá.

Dilma diz que “é muito importante para a democracia brasileira, antes das novas eleições, a recomposição da normalidade democrática, com o fim do impeachment”.

 

Veja a íntegra da entrevista:

http://tv.uol/14gHw