O ex-ministro Ciro Gomes, em entrevista de 15 minutos para ao ‘Jornal da TV Gazeta’, de São Paulo, afirmou na noite desta terça-feira (31/5) que a História vai registrar o atual momento da vida política brasileira, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como “a destruição de uma jovem democracia pela ação de uma quadrilha de assaltantes de recursos públicos”. A entrevista foi conduzida pela jornalista Maria Lydia Flandoli.
Ciro atacou duramente o governo Temer, que definiu como “hegemonia de mandatários bandidos”, e também Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados e um dos principais articuladores do impeachment como “um psicopata, um doente, um homem que começou a roubar junto com PC Farias, na Telerj, no Rio de Janeiro; e encontrou guarida nos governos de Lula e Dilma”.
Ciro, cáustico, definiu Cunha como um homem que “debocha da sociedade brasileira” e mesmo quando diretamente chamado de ladrão, friamente, não reage. “Cunha é um doente”, sintetizou.
Ciro criticou o desempenho de Dilma na presidência da República por delegar a Joaquim Levy o comando da economia, mas fez questão de defende-la como pessoa honesta e com boas intenções, embora sem nenhuma experiência de governo – o que muito a prejudicou no exercício da presidência da República. Mas não poupou Lula, que segundo ele é um dos grandes responsáveis pelo momento que o país está vivendo porque “resolveu brincar de Deus” e, entre outras coisas, escolher Temer para ser o vice de Dilma.
Na opinião dele, o Brasil de hoje vive situação idêntica a vivida na crise de agosto de 54, quando Getulio Vargas deu um tiro no coração para vencer o golpe; e 64. Ciro também atacou a grande imprensa por sua atuação “no mesmo filme velho”, apoiando o golpe contra Dilma.
Disse que o governo Temer será “uma tragédia” porque é um governo de corruptos comandado por um despreparado.
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