O Ministro das Comunicações, deputado federal André Figueiredo, afirmou que o PDT fará oposição a um eventual governo Michel Temer (PMDB) e que a equipe que vem sendo montada pelo vice-presidente é formada, em grande parte, por traidores. Ele criticou as reformas que estão sendo planejadas pelo peemedebista porque elas, na sua opinião, atendem ao mercado financeiro e “certamente irão piorar a situação do País”.
André Figueiredo (PDT) acha possível o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) após votação do Senado na semana que vem, mas garantiu que estará ao lado dela até o fim e que o PDT vai fazer oposição ao eventual governo Michel Temer (PMDB).
“A Dilma vai ser afastada e é pouco provável um eventual retorno dela, uma vez que o jogo está bem montado no Senado. Seremos oposição”, disse.
Na opinião de André, a equipe que trabalhará com Temer é composta em grande parte “por pessoas que traíram a presidente Dilma, que estiveram em ministérios e resolveram pular do barco nas últimas horas”. Para ele, Temer deve fazer o que o mercado financeiro quer.
“Temo muito pelo patrimônio do povo brasileiro. Desde a Petrobras e Correios, que podem ser sucateados e vendidos como foi feito com a Vale na época de Fernando Henrique”, frisou. O ministro prevê que o Brasil que virá com Temer ficará “bem pior”, por mais que a grande imprensa e a grande elite façam um trabalho de “desconscientização das pessoas”.
André reiterou que “se a coisa não está boa agora, vai ficar pior”.
André garantiu que vai trabalhar até o último instante. Tanto que divulgou sua agenda: na quinta-feira, pela manhã, lançará em Brasília o programa Brasil Inteligente, na área da banda larga – dentro do Dia Nacional de Comunicações e, no mesmo dia, à tarde, estará em Fortaleza lançando convênio de pesquisa com o Grupo Getel, da UFC. Já na próxima sexta-feira, com o BNB, lançará pacote de recursos do Funtel para Norte, Nordeste e Cento-Oeste. André não quis comentar críticas de Ciro Gomes a Temer.