A Secretária Executiva da Cepal, Alicia Bárcena, manifestou ontem (22/4) publicamente a sua solidariedade à presidente Dilma Rousseff por conta da iniciativa da Câmara dos Deputados de interromper o seu mandato conquistado nas urnas, manifestou a sua preocupação com a instabilidade política que o Brasil atravessa e reconheceu, ainda, os avanços sociais e políticos alcançados pelo Brasil nos últimos anos.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), criada em 1948 é o órgão mais importante das Nações Unidas no continente americano e tem a sua sede em Santiago, capital do Chile. O objetivo da Cepal é contribuir para o desenvolvimento econômico da América Latina, coordenar as ações encaminhadas à sua promoção e reforçar as relações econômicas dos países entre si e com as outras nações do mundo.
A mensagem de Alicia Bárcena para a presidente Dilma, destaca:
“A soberania popular, fonte única da legitimidade numa democracia, foi entregue a Lula e em seguida à senhora, presidenta Rousseff, através de um mandato constitucional, que se traduziu em governos comprometidos com a justiça e a igualdade. Nunca, na história do Brasil, tantos e tantos de seus compatriotas conseguiram fugir da fome, da pobreza e da desigualdade. É significativo também para nós os passos determinantes com que suas gestões reforçaram a nova arquitetura de integração da nossa região, da Unasur à Celac.
“Conhecemos os esforços dos tribunais de perseguir e castigar a cultura de corrupção que tem sido historicamente a parte mais opaca do vínculo entre interesses privados e as instituições do Estado. E a temos [Dilma] visto apoiando permanentemente essa missão, com a valentia e a honradez que é a marca de sua biografia, apoiando a criação de nova legislação mais severa e instituições repressivas mais fortes.
“É por isso que nos choca ver, hoje, antes de sentenças ou provas, servindo-se de vazamentos e de uma ofensiva midiática linchatória, que se tente demolir a sua imagem e o seu legado, ao mesmo tempo em que se multiplicam os esforços para reduzir a autoridade presidencial e interromper o mandato que os cidadãos lhes deram nas urnas“.
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Leia a íntegra do texto no original (espanhol), na página da Cepal