Cerca de 30 mil pessoas cercaram a sede da Rede Globo em São Paulo na última quinta-feira (24/3) ao término de uma manifestação em defesa da democracia intitulada “Ato em Defesa da democracia – A saída é pela esquerda”. Os manifestantes, favoráveis à presidente Dilma e contra o impeachment, fizeram uma marcha por algumas vias da capital paulista e acusaram a Globo de “apoiar um golpe contra a democracia no país”.
“Chegamos ao final da marcha no local que é o simbolo de um golpe que está sendo arquitetado no país”, disse um dos organizadores do ato. Uma das palavras de ordem era “Golpe nunca mais, eu tô nas ruas por direitos sociais”, outra foi “barrar a Direita no governo, no Congresso e nas ruas”
Por volta das 18h40, o grupo começou a marchar pela Avenida Faria Lima em direção à Zona Sul da capital paulista. Eles passaram pelas avenidas Juscelino Kubitschek e Engenheiro Luis Carlos Berrini. Às 20h45 os manifestantes entraram na Avenida Chucri Zaidan e chegaram em frente à sede da TV Globo.
“Golpe nunca mais, eu tô nas ruas por direitos sociais” foi um dos gritos entoados no protesto. Os manifestantes também entoaram: “barrar a Direita no governo, no Congresso e nas ruas”.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que participou do protesto, segundo a página de internet 247, destacou que “muita gente de vários setores sociais estão lutando contra o golpe”. “O impeachment significa um retrocesso, a imposição de uma pauta neoliberal, com a precarização do trabalho, arrocho. Não haverá estabilidade com impeachment”, afirmou.
Falcão defendeu que o Supremo Tribunal Federal retire a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. “Lula é ficha limpa, portanto não há nenhuma razão para ele não ser ministro”, disse o presidente do PT
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, disse em discurso que o objetivo do protesto é “deter uma ameaça à democracia e às garantias constitucionais”. “Importante dizer que não estamos aqui para defender governo algum”, discursou.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL), afirmou por sua vez:
“Estamos aqui para defender os direitos dos trabalhadores e contra o ajuste fiscal. O processo de impeachment está sendo tocado por um delinquente que deveria estar preso: Eduardo Cunha”.