Vivemos um momento crucial da vida nacional. Está na hora do povo decidir sobre o Brasil que avançou na inclusão social nos governos Lula e Dilma que geraram milhões de empregos com uma economia socialmente cada vez mais forte e inclusiva e que deixou para trás a imagem de país atrasado, subordinado aos interesses das grandes potências – especialmente aos dos Estados Unidos.
O povo brasileiro não pode se deixar levar por mentiras, por fantasias e pelos poderosos interesses econômicos que tentam influir na eleição. Estes são os mesmos que, décadas atrás, quiseram depor o presidente Getúlio Vargas, levando-o a dar um tiro no coração para garantir a sobrevivência de sua honra e de seu legado político. Não é por acaso que o adversário da presidente Dilma a acusou de estar envolvida “em um mar de lama”: mesma expressão que usaram contra Getúlio Vargas.
Tudo porque o presidente Vargas lutou toda a sua vida por transformar o Brasil em uma Nação soberana, próspera, dona de seu destino, dona se seu próprio nariz, com os brasileiros construindo o próprio futuro, com determinação e independência.
Neste segundo turno, é isto que está em jogo. Esta é a discussão: entre os brasileiros que querem cuidar do seu destino de nação livre, independente, soberana, e aqueles que querem o Brasil como extensão dos interesses dos Estados Unidos e demais países ricos. Esta é a discussão que está sendo travada no Brasil de hoje. Brizola nos ensinou que há dias que valem por anos. Esta semana estamos vivendo dias assim até as eleições do próximo domingo, 26/10.
A questão não é quem é mais ou menos corrupto. Até porque nesta discussão não pode ficar de fora a maior de todas as corrupções ocorridas no Brasil, as criminosas privatizações – venda do patrimônio de todos os brasileiros, que até hoje ninguém tratou o assunto com profundidade que merece e o Poder Judiciário não quis investigar. Não entro nesta discussão, porque ela só serve aos manipuladores de informação e tornam menor o debate do Brasil que queremos.
Querem transformar o PT em um monstro – e olha que quem fala é o presidente nacional do PDT – e os monstros de verdade querem se passar por cordeiros. Não o são. São apenas fiéis seguidores de um modelo de Brasil tutelado pelos interesses internacionais, que nosso líder, Leonel Brizola, sempre condenou, quando nos alertava contra as perdas internacionais do Brasil.
Pois esta é a discussão, profunda, que deveria estar sendo travada agora.
Avançarmos no modelo de Brasil preocupado com a sua autodeterminação; Brasil que investe na sua gente e tira 50 milhões de brasileiros da miséria absoluta; o Brasil que gerou mais de 25 milhões de empregos formais a nos últimos 14 anos; Brasil que virou referência do mundo. Ou voltarmos ao passado, ao Brasil tutelado pelos interesses internacionais.
A vitória de Dilma representa o Brasil da esperança, da resistência; o Brasil dos trabalhistas, dos brizolistas, dos getulistas e de todos os que sonham com uma pátria livre, independente, que pretende construir seu destino. O resto não discuto porque como diz a própria palavra, é o resto.
Esta é a discussão que precisamos travar no Brasil de hoje. Que Brasil queremos?
Quero que o Brasil continue avançando; quero que o Brasil continue incluindo; quero que o Brasil continue cada vez mais com a visão estratégica de investir no social; quero o Brasil da educação de tempo integral – a educação que integra e liberta – como dizia o professor Darcy, a educação que dá cidadania. E só a Dilma, pela sua origem, sua coragem tem esta sensibilidade.
Votar em Dilma, por sua história de mulher perseguida, torturada, sofrida, é o voto coerente, independente e soberano.
CARLOS LUPI
Presidente Nacional do PDT
OM – Carlos Lupi, presidente nacional do PDT