Juiz chama de ‘propaganda antecipada’ desagravo à Barbosa Neto

Em ação que pode servir aos que querem inviabilizar a candidatura à reeleição do prefeito Barbosa Neto (PDT), de Londrina (PR), o ministério público eleitoral local acusou o prefeito de fazer “propaganda antecipada” no ato público de desagravo à sua gestão realizado na última segunda-feira (21/5) – na Praça Rocha Pombo, no Centro – que contou com as presenças do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do secretário nacional da legenda, Manoel Dias (foto), entre outras personalidades, além de cerca de 500 pessoas.

O juiz da 157ª. Zona Eleitoral, Paulo César Roldão, não só abrigou a denúncia da promotora eleitoral Maísa de Araújo contra Barbosa Neto, como deu prazo de 48 horas para a direção do PDT de Londrina se manifestar. É a terceira denúncia desta natureza contra o prefeito – que vem enfrentando campanha sistemática da mídia local contra o seu governo, embora ele seja considerado pelas pesquisas junto à população como um dos melhores e mais sérios de Londrina nos últimos anos.

A administração de Barbosa Neto também vem sendo alvo de ações patrocinadas pelo chamado GAECO, força policial mista – composta por policiais militares e civis comandados por um promotor, todos nomeados pelo governo do Estado – responsável pela prisão de cinco secretários municipais de Londrina por suspeita de corrupção.

O atropelo aos direitos constitucionais dos auxiliares do prefeito, todos residentes na cidade e sem antecedentes criminais que justifiquem a prisão, será motivo de ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) que o PDT vai dar entrada nos próximos dias no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o Secretário do PDT de Londrina, Claudinei Staquetti, o ato de segunda-feira passada com as presenças de Lupi e Manoel Dias não foi de campanha antecipada:. “Tratou-se de um ato de desagravo ao prefeito e nós entendemos que não houve propaganda eleitoral antecipada”, afirmou, anunciando que o partido vai apresentar defesa na 157ª. Zona Eleitoral em 48 horas, como quer o juiz.

Ainda por conta da ofensiva contra Barbosa Neto, a sua mulher, Ana Laura Lino, foi convocada para depor ontem (25/5) na sede do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina, pelo delegado Alan Fiore.

Ela passou 15 minutos no GAECO acompanhada de advogado e saiu sem falar com a imprensa, convocada pelas autoridades. O delegado não deu detalhes do motivo pelo qual a esposa de Barbosa Neto foi convocada, nem sobre o teor do seu depoimento na delegacia. Também não se manifestou sobre o visível constrangimento dela.

Ascom/OM