Senadores e deputados foram à Justiça na tarde desta quinta-feira pedir intervenção judicial na empresa Delta Construções. A solicitação foi assinada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Psol-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) e protocolada na 14ª Vara no Distrito Federal.
Segundo Taques, a ação é uma medida cautelar visando garantir a indisponibilidade dos bens da construtora e a nomeação de um interventor judicial para que as obras já contratadas não sejam paralisadas e os empregados tenham seus direitos garantidos. “Se deferida a liminar, ela (a Delta) não poderá assumir novos contratos, nem ser negociada com outras empresas”, disse o senador.
Com isso, segundo o parlamentar, a empresa também não poderá mais ser vendida. Todos os valores que forem pagos à empresa serão encaminhados para uma conta judicial e serão utilizados para terminar as obras e saldar dívidas trabalhistas. Para Taques, a medida já deveria ter sido adotada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as relações de Cachoeira com agentes públicos e privados e que vem apurando que o empresário fraudava licitações públicas para garantir que a Delta conseguisse os contratos e depois utilizar o dinheiro pago por eles. “A CPI está demorando para tomar as providências. A União também já deveria ter tomado providências”, declarou.
Protagonista da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, a empresa Delta nacional, que teria sociedade velada com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, é a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. A construtora é acusada de ser utilizada como fonte de pagamento de propina a diversos agentes públicos pela quadrilha comandada pelo contraventor.
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