A Comissão do Trabalho, de Administração e Serviço Público debateu nesta terça-feira(22), em audiência pública, a geração de empregos no setor hoteleiro do País durante a “Rio+20”, bem como a oferta de vagas disponíveis para o evento.
O deputado Bala Rocha (PDT/AP) propôs o debate depois que o Parlamento Europeu anunciou a intenção de cancelar o envio de uma delegação de deputados à conferência diante do valor das hospedagens no Rio. “Os europeus são fundamentais no debate da economia verde, uma vez que Estados Unidos e China estão relutantes em achar uma nova equação no aquecimento global”.
A ausência dos parlamentares europeus evidencia para o mundo um problema que turistas estrangeiros e brasileiros já enfrentam no Rio: uma alta de preços que põe a cidade entre as mais caras do mundo nesse quesito. Mesmo assim, os organizadores esperam receber 50 mil pessoas.
O deputado Chico Lopes (PCdoB) afirmou que “os preços são inflacionados pela sazonalidade dos eventos”. Para Roberto Santiago (PSD/SP) “o governo deveria ter um plano de desenvolvimento do turismo no Brasil”.
Ricardo Martini, representante do Ministério do Turismo, disse “que os impactos intangíveis, como qualificação e expansão da rede representam um legado na história do Brasil, equivalente aos avanços almejados na infraestrutura.”
De acordo com Alexandre Sampaio de Abreu, da CNC e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, o preço cobrado não é o critério que determina a escolha ou não do Rio de Janeiro para sediar eventos.
Na opinião de José Osório Naves, da Confederação Nacional do Turismo, o setor privado deve ser fortalecido para se tornar mais competitivo e, assim, diminuir as tarifas.
Assessoria deputado