O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (8) que não há indícios do envolvimento do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na denúncia sobre um suposto esquema de cobrança de propina na pasta a entidades sem fins lucrativos.
Segundo Gurgel, caso a apuração não revele indícios contra o ministro, a denúncia publicada pela revista “Veja” do último final de semana será investigada pela Procuradoria da República no Distrito Federal.
“Por enquanto, os elementos dizem respeito a irregularidades em programas do Ministério do Trabalho, mas não apontam, pelo menos neste primeiro momento, o envolvimento direto do ministro”, disse o procurador-geral.
Reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Veja” aponta envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades privadas. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos.
Gurgel, no entanto, não descartou a possibilidade de que a investigação tenha de ser feita pela PGR, devido à possibilidade de participação do deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA), que foi assessor especial do ministro.
“Se surgirem indícios do envolvimento de alguma autoridade com prerrogativa de foro, como essa ventilada de que haveria um hoje parlamentar, então o assunto será remetido à PGR, mas o importante é que a investigação tenha início”, completou Gurgel.
G1