O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ja está no Pará. O primeiro compromisso dele será uma visita em Altamira, no horário da manhã, para conhecer a área onde está prevista a implantação do projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em um trecho de cem quilômetros no rio Xingu. A informação foi repassada na abertura da VI Jornada Nacional de Debates das Centrais Sindicais, realizada na sede do Sindicato dos Urbanitários, para discutir as negociações coletivas, trabalho decente e qualificação profissional. O evento foi uma promoção do Departamento Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômico no Pará (Dieese-PA).
Em Belém, no período da tarde, o ministro dará posse ao superintendente Regional do Trabalho, Odair Corrêa, na sede da Superintendência Regional do Trabalho, localizada na rua Gaspar Viana, com a travessa 1º de Março, no bairro da Campina. Ele se reunirá também com dirigentes das centrais sindicais para debater medidas de melhoria da qualificação profissional dos paraenses, com o objetivo de garantir emprego à população local.
O supervisor do Dieese-PA, Roberto Sena, informa que durante o encontro com Carlos Lupi será entregue uma carta, assinada pelas centrais sindicais: CGTB, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), União Central dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Força Sindical.
Segundo Sena, é uma manifestação para mostrar ao titular da pasta as ofertadas de espaços de trabalho que surgem na região, representando uma média de mais de 50 mil postos ao ano, mas que não há dinheiro e capacitação para dez por cento de preenchimento dessas vagas. “Isso gera um risco de pessoas de outros estados assumir esses espaços, caso as pessoas que vivem aqui não sejam capacitadas para disputar o mercado de trabalho”, frisa.
Odair Corrêa observou que a vinda de Carlos Lupi será um momento para que ele conheça melhor a população onde será construída a hidrelétrica e, a partir daí, contribuir para garantia de emprego aos moradores da região. A expectativa é fortalecer a integração entre as superintendências regionais do trabalho e com isso trabalharem juntas em benefício do trabalhador paraense.
O representante da Central dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), José Marcos Araújo, lembrou da necessidade de mais debates sobre a qualificação do trabalhador paraense, para evitar que pessoas de outros estados, por conta de uma melhor qualificação, tome seus espaços de trabalho.
A VI Jornada é um espaço onde não se discute apenas questões salariais, mas tudo aquilo que de uma forma ou de outra favoreça o bem estar do empregado, como saúde, educação e previdência. Para Roberto Sena, “tudo faz parte de uma série de informações traçadas e discutidas com o Dieese-PA ao longo da história. Então, o Dieese-PA é um organismo técnico da classe trabalhadora, tudo o que fazemos é respaldado pelos trabalhadores”, conclui.
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