O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, manteve hoje sua projeção de que o mercado de trabalho brasileiro gerará 3 milhões de empregos com carteira assinada este ano. Há uns 15 dias, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que a criação de empregos em 2011 não seria tão exuberante quanto no ano passado.
Em 2010, quando a economia estava a pleno vapor, foram gerados 2,861 milhões de postos de trabalho, conforme dados atualizados há pouco pelo Ministério. Os números levam em conta a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e o funcionalismo público.
“Vamos aguardar o final do ano”, disse Lupi. “Mantenho a projeção de criação de 3 milhões de empregos formais em 2011”, reforçou. Segundo ele, o melhor é aguardar os dados para não entrar em “divergência” com outros titulares de ministérios do governo.
Abril
O ministro antecipou mais detalhes a respeito dos números do Caged de abril, que deverá ser divulgado na próxima terça-feira. Segundo ele, os dados obtidos até o momento ainda não chegaram a 250 mil, mas o ministro disse acreditar que o resultado voltará ao patamar de meses de abril com a inclusão de informações que ainda chegam ao Ministério.
O melhor abril desde 2005 foi verificado no ano passado, quando se chegou a um saldo de 346 mil postos de trabalho criados com carteira assinada, já descontadas as demissões. Mais cedo, a assessoria de imprensa do Ministério havia informado que o melhor saldo foi realmente em abril de 2010, mas de um total de 305 mil. O pior resultado para o mês em questão nos últimos anos foi visto em 2009, de 141 mil novos postos formais. Naquele ano, a economia brasileira sofreu impacto da crise financeira internacional.
O ministro afirmou que o número do Caged de abril “será muito bom”. “Será muito próximo a recorde”, disse, acrescentando que não anteciparia o indicador porque os dados consolidados ficarão prontos apenas na próxima semana.
Estadão