O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse ontem (16/04) não acreditar em barganha das empresas por aumento da tarifa de energia além do acertado nos contratos, após as restrições contra intermediários na contratação de trabalhadores nas usinas hidrelétricas previstas no Plano de Aceleração ao Crescimento (PAC).
De acordo com Lupi, se os encargos trabalhistas resultarem em aumento de gastos, serão muito pequenos em relação ao ganho esperado pelas companhias nas usinas Santo Antônio e Jirau. “Quando você tem R$ 1 bilhão, mil reais não é nada. Os consórcios são muito grandes e já ganharam muito dinheiro com salários baixos. Não acho que vão reivindicar”, acrescentou.
Lupi ressaltou a criação de uma comissão tripartite para acompanhar os contratos e a criação do marco regulatório do emprego de funcionários nas obras do PAC, que deve ficar pronto em cerca de dois meses. Segundo ele, as construções previstas no programa, a partir de agora, terão de adequar-se às novas regras – que buscam impedir a atuação de “gatos” entre os operários e as empresas. “Todas que entrarem agora terão o marco como base nos contratos. Até quem já está nos negócios atuais vai ter de se adequar”, explicou. O ministro destacou que a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, perto de receber a licença ambiental, será uma das obras convidadas a aderir ao marco imposto pelo governo.
Correio do Povo