Deputado Paulo Rubem debate crise econômica mundial com pesquisadores
Uma análise acadêmica das causas da crise econômica global, a reação do governo no Brasil, os impactos no mundo e medidas que deverão ser adotadas para o País sair deste contexto foram os temas abordados num debate, no auditório da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento foi promovido pelo mandato do deputado pedetista de Pernambuco, Paulo Rubem Santiago, e do Conselho Regional de Economia. Na ocasião, foi lançado o Núcleo Celso Furtado, de Estudos da Economia e do Desenvolvimento, através do qual serão realizados debates mensais sobre economia.
O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT), que atualmente integra a Comissão da Crise da Câmara Federal, explicou que de forma uníssona os economistas destacaram a necessidade do aumento do gasto público como forma do estado alavancar a economia. A crise financeira gerou profunda crise de confiança nos agentes privados, sendo assim evidente o papel do Estado no enfrentamento da atual situação.
O economista Fernando Ferrari, pós doutor pela University of Tennessee, atual presidente da Associação Keynesiana Brasileira e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fez minuciosa análise das causas da crise e apontou que o governo do presidente Lula, embora com algumas diferenças de iniciativa em curso, mantém o mesmo tripé básico adotado na era FHC, centrando a política fiscal na meta de superávit (ora reduzindo-o), câmbio flutuante e política monetária de elevadas taxas de juros. Ele apontou, por dentro da crise, uma crise de paradigmas, desenhando, a partir daí, a necessidade de uma nova governança econômica mundial após a superação dos efeitos nefastos ora em curso na economia e no emprego.
Discordando de Ferrari em parte, João Sicsú, doutor em Economia e professor da UFRJ, atual diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) na área macroeconômica, destacou as medidas anti-cíclicas adotadas pelo governo federal , enfatizando a necessidade de aumento dos gastos públicos. O economista apresentou um conjunto de dados que sinalizam uma tendência de recuperação da economia, contudo, sem ainda espelhar um avanço rumo ao crescimento verificado em 2008.
O presidente do Conselho Regional de Economia em Pernambuco, doutorando em Economia pela Unicamp, professor da Universidade Católica de Pernambuco Valdeci Monteiro, destacou a origem da crise e sua repercussão, em especial, em Pernambuco, mostrando como o estado tem conseguido reagir aos impactos do momento, sobretudo pelo fato de Pernambuco não ser um grande estado exportador e por ter suas vendas concentradas no mercado interno. O atual bloco de investimentos em andamento, tocados pelo PAC e por projetos privados, permitirá que a economia estadual se diversifique a médio e longo prazo, o que poderá deixar o estado em melhores condições no pós-crise.
Paulo Rubem debate crise econômica com pesquisadores
Deputado Paulo Rubem debate crise econômica mundial com pesquisadores
Uma análise acadêmica das causas da crise econômica global, a reação do governo no Brasil, os impactos no mundo e medidas que deverão ser adotadas para o País sair deste contexto foram os temas abordados num debate, no auditório da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento foi promovido pelo mandato do deputado pedetista de Pernambuco, Paulo Rubem Santiago, e do Conselho Regional de Economia. Na ocasião, foi lançado o Núcleo Celso Furtado, de Estudos da Economia e do Desenvolvimento, através do qual serão realizados debates mensais sobre economia.
O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT), que atualmente integra a Comissão da Crise da Câmara Federal, explicou que de forma uníssona os economistas destacaram a necessidade do aumento do gasto público como forma do estado alavancar a economia. A crise financeira gerou profunda crise de confiança nos agentes privados, sendo assim evidente o papel do Estado no enfrentamento da atual situação.
O economista Fernando Ferrari, pós doutor pela University of Tennessee, atual presidente da Associação Keynesiana Brasileira e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fez minuciosa análise das causas da crise e apontou que o governo do presidente Lula, embora com algumas diferenças de iniciativa em curso, mantém o mesmo tripé básico adotado na era FHC, centrando a política fiscal na meta de superávit (ora reduzindo-o), câmbio flutuante e política monetária de elevadas taxas de juros. Ele apontou, por dentro da crise, uma crise de paradigmas, desenhando, a partir daí, a necessidade de uma nova governança econômica mundial após a superação dos efeitos nefastos ora em curso na economia e no emprego.
Discordando de Ferrari em parte, João Sicsú, doutor em Economia e professor da UFRJ, atual diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) na área macroeconômica, destacou as medidas anti-cíclicas adotadas pelo governo federal , enfatizando a necessidade de aumento dos gastos públicos. O economista apresentou um conjunto de dados que sinalizam uma tendência de recuperação da economia, contudo, sem ainda espelhar um avanço rumo ao crescimento verificado em 2008.
O presidente do Conselho Regional de Economia em Pernambuco, doutorando em Economia pela Unicamp, professor da Universidade Católica de Pernambuco Valdeci Monteiro, destacou a origem da crise e sua repercussão, em especial, em Pernambuco, mostrando como o estado tem conseguido reagir aos impactos do momento, sobretudo pelo fato de Pernambuco não ser um grande estado exportador e por ter suas vendas concentradas no mercado interno. O atual bloco de investimentos em andamento, tocados pelo PAC e por projetos privados, permitirá que a economia estadual se diversifique a médio e longo prazo, o que poderá deixar o estado em melhores condições no pós-crise.
Uma análise acadêmica das causas da crise econômica global, a reação do governo no Brasil, os impactos no mundo e medidas que deverão ser adotadas para o País sair deste contexto foram os temas abordados num debate, no auditório da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento foi promovido pelo mandato do deputado pedetista de Pernambuco, Paulo Rubem Santiago, e do Conselho Regional de Economia. Na ocasião, foi lançado o Núcleo Celso Furtado, de Estudos da Economia e do Desenvolvimento, através do qual serão realizados debates mensais sobre economia.
O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT), que atualmente integra a Comissão da Crise da Câmara Federal, explicou que de forma uníssona os economistas destacaram a necessidade do aumento do gasto público como forma do estado alavancar a economia. A crise financeira gerou profunda crise de confiança nos agentes privados, sendo assim evidente o papel do Estado no enfrentamento da atual situação.
O economista Fernando Ferrari, pós doutor pela University of Tennessee, atual presidente da Associação Keynesiana Brasileira e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fez minuciosa análise das causas da crise e apontou que o governo do presidente Lula, embora com algumas diferenças de iniciativa em curso, mantém o mesmo tripé básico adotado na era FHC, centrando a política fiscal na meta de superávit (ora reduzindo-o), câmbio flutuante e política monetária de elevadas taxas de juros. Ele apontou, por dentro da crise, uma crise de paradigmas, desenhando, a partir daí, a necessidade de uma nova governança econômica mundial após a superação dos efeitos nefastos ora em curso na economia e no emprego.
Discordando de Ferrari em parte, João Sicsú, doutor em Economia e professor da UFRJ, atual diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) na área macroeconômica, destacou as medidas anti-cíclicas adotadas pelo governo federal , enfatizando a necessidade de aumento dos gastos públicos. O economista apresentou um conjunto de dados que sinalizam uma tendência de recuperação da economia, contudo, sem ainda espelhar um avanço rumo ao crescimento verificado em 2008.
O presidente do Conselho Regional de Economia em Pernambuco, doutorando em Economia pela Unicamp, professor da Universidade Católica de Pernambuco Valdeci Monteiro, destacou a origem da crise e sua repercussão, em especial, em Pernambuco, mostrando como o estado tem conseguido reagir aos impactos do momento, sobretudo pelo fato de Pernambuco não ser um grande estado exportador e por ter suas vendas concentradas no mercado interno. O atual bloco de investimentos em andamento, tocados pelo PAC e por projetos privados, permitirá que a economia estadual se diversifique a médio e longo prazo, o que poderá deixar o estado em melhores condições no pós-crise.