Sindicalistas apóiam Lupi
Um dia depois de divulgada a decisão da Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, que concedeu um prazo de dez dias para que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se afaste da presidência do PDT, parlamentares e entidades sindicais se mobilizaram para criticá-la, classificando-a de incoerente. Para a Comissão, o acúmulo da função pública com a direção partidária suscita conflito de interesses. A assessoria de Lupi informou ontem, novamente, que o ministro só se pronunciará quando notificado, o que ainda não teria ocorrido.
Nota divulgada ontem pelas centrais Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores(UGT) e Central Geral dos Trabalhadores (CGTB) manifesta solidariedade a Lupi: “O elevado comportamento moral, ético e político do ministro Lupi à frente da pasta do Trabalho é uma incontestável demonstração de que não há nenhuma incompatibilidade no exercício simultâneo do cargo partidário e na administração pública que ocupa”.
Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a Comissão está sendo incoerente.
– O Sérgio Motta (ministro de Comunicações no governo Fernando Henrique) ocupava função na executiva do PSDB.
– O ministro está certo em continuar no cargo, porque não está praticando ilegalidade alguma – disse o líder do PDT, deputado Miro Teixeira (RJ).
O Globo