“Última Hora”, o jornal criado por Getúlio Vargas, no início de seu governo constitucional (1951-1954), para enfrentar o pesado boicote da mídia (então chamada grande imprensa), será digitalizado e colocado na internet para livre acesso do público.
Tendo circulado entre 1951 e 1971, “Última Hora”, que graças ao gênio de seu editor, Samuel Wainer, chegou a desbancar os principais jornais, como o “Correio da Manhã”, “O Globo”, “Estadão” e “Folha de S. Paulo”, constitui um marco na imprensa independente nacional.
Para tornar realidade o projeto, o Arquivo Público do Estado de São Paulo fechou uma parceria com a AMD, fabricante de microprocessadores. A primeira etapa do projeto, com seis meses de duração, vai transformar em bits 36 mil páginas, que correspondem a 60 meses de jornal. O projeto tem como meta celebrar os 200 anos da imprensa brasileira, em 2008, entregando ao País esse rico acervo preservado em formato eletrônico.
Desde sua fundação – como diz o CPDOC -, a Última Hora começou por revolucionar o periodismo carioca (e posteriormente o paulista) com uma nova concepção jornalística, modernas máquinas e os melhores salários no mercado, o que, em conseqüência, arregimentou para seus quadros excelentes profissionais da área. O sucesso inegável do jornal ocorreu simultaneamente a uma campanha contra seu fundador. O grupo Wainer, composto pela Companhia Paulista Editora e de Jornais S.A., pela Editora Érica, pelo Rádio Clube e pela Última Hora, foi acusado por Carlos Lacerda, parlamentar da União Democrática Nacional (UDN) e proprietário do diário Tribuna da imprensa, de favoritismo por parte dos órgãos oficiais, em especial do Banco do Brasil, no tocante à concessão de créditos ao grupo. Um dos pontos levantados nas denúncias era a dúvida quanto à nacionalidade de Wainer, uma vez que a lei brasileira não permitia que estrangeiros fossem proprietários de empresas jornalísticas.
A maioria dos jornais, tanto do Brasil, como do exterior, começou a distribuir seu material pela internet por volta de 1992, caso do Jornal do Brasil, o pioneiro nesta área. Só que, como a digitalização era ainda incipiente, os editores não puderam expor on line suas edições antigas. Assim é que, até hoje, quase todos eles não possibilitam consulta a suas edições antigas antes daquele período, embora alguns já cuidem de resgatar todo o seu acervo.
O primeiro a fazê-lo foi o New York Times, em 2005, quando colocou na internet todos os seus números, desde a fundação, em 1851, depois de um amplo trabalho de escaneamento em alta resolução. O empreendimento, conduzido pela empresa Pro-Quest recuperou 25 milhões de artigos em 3,5 milhões de páginas. Logo depois, o Washington Post, o The Wall Street Journal e o Los Angeles Times fizeram o mesmo. O trabalho consumiu 15 meses, envolvendo 2.500 pessoas, em quatro países. Recentemente, o jornal, que cobrava assinatura de seu conteúdo e consultas de números atrasados, franqueou acesso quase total ao público, só retendo o período de 1923 a 1986, que continua restrito à aqueles que se puseram a pagar taxas específicas.
Veja a notícia completa no Estadão
A história de UH, segundo o CPDOC
Antigo jornal “Última Hora” será digitalizado para a internet
"Última Hora", o jornal criado por Getúlio Vargas, no início de seu governo constitucional (1951-1954), para enfrentar o pesado boicote da mídia (então chamada grande imprensa), será digitalizado e colocado na internet para livre acesso do público.
Tendo circulado entre 1951 e 1971, "Última Hora", que graças ao gênio de seu editor, Samuel Wainer, chegou a desbancar os principais jornais, como o "Correio da Manhã", "O Globo", "Estadão" e "Folha de S. Paulo", constitui um marco na imprensa independente nacional.
Para tornar realidade o projeto, o Arquivo Público do Estado de São Paulo fechou uma parceria com a AMD, fabricante de microprocessadores. A primeira etapa do projeto, com seis meses de duração, vai transformar em bits 36 mil páginas, que correspondem a 60 meses de jornal. O projeto tem como meta celebrar os 200 anos da imprensa brasileira, em 2008, entregando ao País esse rico acervo preservado em formato eletrônico.
Desde sua fundação - como diz o CPDOC -, a Última Hora começou por revolucionar o periodismo carioca (e posteriormente o paulista) com uma nova concepção jornalística, modernas máquinas e os melhores salários no mercado, o que, em conseqüência, arregimentou para seus quadros excelentes profissionais da área. O sucesso inegável do jornal ocorreu simultaneamente a uma campanha contra seu fundador. O grupo Wainer, composto pela Companhia Paulista Editora e de Jornais S.A., pela Editora Érica, pelo Rádio Clube e pela Última Hora, foi acusado por Carlos Lacerda, parlamentar da União Democrática Nacional (UDN) e proprietário do diário Tribuna da imprensa, de favoritismo por parte dos órgãos oficiais, em especial do Banco do Brasil, no tocante à concessão de créditos ao grupo. Um dos pontos levantados nas denúncias era a dúvida quanto à nacionalidade de Wainer, uma vez que a lei brasileira não permitia que estrangeiros fossem proprietários de empresas jornalísticas.
A maioria dos jornais, tanto do Brasil, como do exterior, começou a distribuir seu material pela internet por volta de 1992, caso do Jornal do Brasil, o pioneiro nesta área. Só que, como a digitalização era ainda incipiente, os editores não puderam expor on line suas edições antigas. Assim é que, até hoje, quase todos eles não possibilitam consulta a suas edições antigas antes daquele período, embora alguns já cuidem de resgatar todo o seu acervo.
O primeiro a fazê-lo foi o New York Times, em 2005, quando colocou na internet todos os seus números, desde a fundação, em 1851, depois de um amplo trabalho de escaneamento em alta resolução. O empreendimento, conduzido pela empresa Pro-Quest recuperou 25 milhões de artigos em 3,5 milhões de páginas. Logo depois, o Washington Post, o The Wall Street Journal e o Los Angeles Times fizeram o mesmo. O trabalho consumiu 15 meses, envolvendo 2.500 pessoas, em quatro países. Recentemente, o jornal, que cobrava assinatura de seu conteúdo e consultas de números atrasados, franqueou acesso quase total ao público, só retendo o período de 1923 a 1986, que continua restrito à aqueles que se puseram a pagar taxas específicas.
Veja a notícia completa no Estadão
A história de UH, segundo o CPDOC
Tendo circulado entre 1951 e 1971, "Última Hora", que graças ao gênio de seu editor, Samuel Wainer, chegou a desbancar os principais jornais, como o "Correio da Manhã", "O Globo", "Estadão" e "Folha de S. Paulo", constitui um marco na imprensa independente nacional.
Para tornar realidade o projeto, o Arquivo Público do Estado de São Paulo fechou uma parceria com a AMD, fabricante de microprocessadores. A primeira etapa do projeto, com seis meses de duração, vai transformar em bits 36 mil páginas, que correspondem a 60 meses de jornal. O projeto tem como meta celebrar os 200 anos da imprensa brasileira, em 2008, entregando ao País esse rico acervo preservado em formato eletrônico.
Desde sua fundação - como diz o CPDOC -, a Última Hora começou por revolucionar o periodismo carioca (e posteriormente o paulista) com uma nova concepção jornalística, modernas máquinas e os melhores salários no mercado, o que, em conseqüência, arregimentou para seus quadros excelentes profissionais da área. O sucesso inegável do jornal ocorreu simultaneamente a uma campanha contra seu fundador. O grupo Wainer, composto pela Companhia Paulista Editora e de Jornais S.A., pela Editora Érica, pelo Rádio Clube e pela Última Hora, foi acusado por Carlos Lacerda, parlamentar da União Democrática Nacional (UDN) e proprietário do diário Tribuna da imprensa, de favoritismo por parte dos órgãos oficiais, em especial do Banco do Brasil, no tocante à concessão de créditos ao grupo. Um dos pontos levantados nas denúncias era a dúvida quanto à nacionalidade de Wainer, uma vez que a lei brasileira não permitia que estrangeiros fossem proprietários de empresas jornalísticas.
A maioria dos jornais, tanto do Brasil, como do exterior, começou a distribuir seu material pela internet por volta de 1992, caso do Jornal do Brasil, o pioneiro nesta área. Só que, como a digitalização era ainda incipiente, os editores não puderam expor on line suas edições antigas. Assim é que, até hoje, quase todos eles não possibilitam consulta a suas edições antigas antes daquele período, embora alguns já cuidem de resgatar todo o seu acervo.
O primeiro a fazê-lo foi o New York Times, em 2005, quando colocou na internet todos os seus números, desde a fundação, em 1851, depois de um amplo trabalho de escaneamento em alta resolução. O empreendimento, conduzido pela empresa Pro-Quest recuperou 25 milhões de artigos em 3,5 milhões de páginas. Logo depois, o Washington Post, o The Wall Street Journal e o Los Angeles Times fizeram o mesmo. O trabalho consumiu 15 meses, envolvendo 2.500 pessoas, em quatro países. Recentemente, o jornal, que cobrava assinatura de seu conteúdo e consultas de números atrasados, franqueou acesso quase total ao público, só retendo o período de 1923 a 1986, que continua restrito à aqueles que se puseram a pagar taxas específicas.
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A história de UH, segundo o CPDOC