A diretoria do Ciex

23/07/07

Confira os nomes de alguns diplomatas que trabalharam no Centro de Informações do Exterior:

Paulo Sérgio Nery
Morreu em 1979, pouco tempo depois de deixar o serviço secreto. Sua ficha funcional não pôde ser encontrada

Octavio J. de A. Goulart
Fez a ligação do Ciex com Washington até 1974. Depois foi nomeado assessor do gabinete do ministro Azeredo da Silveira. Em 1977, assumiu a chefia do Ciex, até então sob a fachada da Assessoria de Documentação Exterior. Em sua gestão a transformaria em Secretaria de Documentação de Política Exterior (Sedoc). Em 1979, virou cônsul-geral em Paris, onde acompanhou os núcleos de asilados políticos. Seu último posto foi em Georgetown, como embaixador. Morreu em 29 de dezembro de 2004

Marcos Henrique Camillo Côrtes
Tornou-se fiel amigo do diplomata Manoel Pio Corrêa ao servir em Montevidéu, em 1965. A relação de confiança entre ambos lhe garantiu a nomeação como primeiro diretor-executivo do Ciex. Em 1968, acompanhou Pio Corrêa a Buenos Aires para montar a estrutura do serviço lá. No mesmo ano, foi enviado especialmente a Washington com a missão de estreitar a colaboração no setor de inteligência com a CIA. Voltou a Brasília em 1969 como oficial do Gabinete do ministro de Estado. Em 1973, ficaria um ano auxiliando o diplomata Octavio J. de A. Goulart na direção do Ciex, para no ano seguinte voltar a Buenos Aires, agora como número dois da embaixada. Em 1978 partiria para Camberra como embaixador, acumulando nos anos seguintes as embaixadas de Wellington, Port Moresby e Porto Vila. Depois de aposentado virou consultor da ESG, e jura “que o Ciex nunca existiu”. Vive no Rio de Janeiro.

João Carlos Pessoa Fragoso
Começou a trabalhar para o Ciex em Montevidéu, em 1966. Dois anos depois foi promovido a assistente da Secretaria Geral de Política Exterior. Seu nome consta num documento secreto de 1969, que informa sobre sua substituição no posto de “diretor-executivo do Centro de Informações do Exterior (Ciex) pelo segundo-secretário Paulo Sérgio Nery”. Fragoso virou chefe do Gabinete Civil do presidente Médici. Cinco anos depois seria enviado à embaixada no Vaticano, voltaria em 1977 como chefe do cerimonial. Seus serviços ainda seriam úteis ao presidente Figueiredo, de 1981 a 1985. Depois foi embaixador em Madri, Bonn e Bruxelas, passando três anos na Secretaria de Relações com o Congresso e encerrando sua privilegiada carreira como embaixador em Atenas. Desfruta a aposentadoria em seu sítio em Barra do Piraí, município do interior fluminense.

Agildo Sellos de Moura
Serviu em Santiago do Chile de 1967 a 1971, quando passou a assessor do Ciex (na época Adoc). Um ano depois assumiria a chefia da Divisão de Segurança de Informações (DSI) do Itamaraty, onde permaneceu seis anos. Logo sua carreira decolou. Foi conselheiro na missão junto à Unesco, em Paris, e serviu nos consulados gerais em Miami e Montreal. Em 1987, ficou à disposição do Estado Maior das Forças Armadas, no Rio, e acabou como chefe da divisão de arquivo. Encerrou sua carreira como embaixador em Porto of Spain. Vive no Lago Sul, em Brasília.

Sérgio Damasceno Vieira
Foi “recrutado” pelo Ciex apenas em 1968, quando serviu como segundo-secretário em Varsóvia, que foi usada como escala pelos brasileiros que faziam treinamento de guerrilha em Cuba. A eficiência no monitoramento dos opositores lhe valeu a chefia de uma “assessoria especial” da DSI do Itamaraty, onde ficou por três anos. Serviria ainda em Lisboa e Caracas, antes de voltar a Brasília em 1981, para assumir a direção da DSI. Antes de se aposentar, Vieira foi embaixador em Kuala Lumpur e Guatemala, além de inspetor-geral na Secretaria de Estado. Recém aposentado, voltou para Salvador, sua terra natal.

Carlos Luzilde Hildebrandt
Foi um dos últimos chefes do Ciex. Passou pelas embaixadas da Bulgária e de Portugal. No informe 246 de 17 de dezembro de 1979, ele faz uma avaliação negativa das atividades de monitoramento externo ao chefe do Serviço Nacional de Informações. Na época, o SNI estava inchado e perdera muito em eficiência. Essa crise se refletiu no Ciex, e Hildebrandt aconselha uma revisão do Plano Nacional de Informações, a otimização dos esforços e a redução da burocracia.

23/07/07

Confira os nomes de alguns diplomatas que trabalharam no Centro de Informações do Exterior:

Paulo Sérgio Nery
Morreu em 1979, pouco tempo depois de deixar o serviço secreto. Sua ficha funcional não pôde ser encontrada

Octavio J. de A. Goulart
Fez a ligação do Ciex com Washington até 1974. Depois foi nomeado assessor do gabinete do ministro Azeredo da Silveira. Em 1977, assumiu a chefia do Ciex, até então sob a fachada da Assessoria de Documentação Exterior. Em sua gestão a transformaria em Secretaria de Documentação de Política Exterior (Sedoc). Em 1979, virou cônsul-geral em Paris, onde acompanhou os núcleos de asilados políticos. Seu último posto foi em Georgetown, como embaixador. Morreu em 29 de dezembro de 2004

Marcos Henrique Camillo Côrtes
Tornou-se fiel amigo do diplomata Manoel Pio Corrêa ao servir em Montevidéu, em 1965. A relação de confiança entre ambos lhe garantiu a nomeação como primeiro diretor-executivo do Ciex. Em 1968, acompanhou Pio Corrêa a Buenos Aires para montar a estrutura do serviço lá. No mesmo ano, foi enviado especialmente a Washington com a missão de estreitar a colaboração no setor de inteligência com a CIA. Voltou a Brasília em 1969 como oficial do Gabinete do ministro de Estado. Em 1973, ficaria um ano auxiliando o diplomata Octavio J. de A. Goulart na direção do Ciex, para no ano seguinte voltar a Buenos Aires, agora como número dois da embaixada. Em 1978 partiria para Camberra como embaixador, acumulando nos anos seguintes as embaixadas de Wellington, Port Moresby e Porto Vila. Depois de aposentado virou consultor da ESG, e jura “que o Ciex nunca existiu”. Vive no Rio de Janeiro.

João Carlos Pessoa Fragoso
Começou a trabalhar para o Ciex em Montevidéu, em 1966. Dois anos depois foi promovido a assistente da Secretaria Geral de Política Exterior. Seu nome consta num documento secreto de 1969, que informa sobre sua substituição no posto de “diretor-executivo do Centro de Informações do Exterior (Ciex) pelo segundo-secretário Paulo Sérgio Nery”. Fragoso virou chefe do Gabinete Civil do presidente Médici. Cinco anos depois seria enviado à embaixada no Vaticano, voltaria em 1977 como chefe do cerimonial. Seus serviços ainda seriam úteis ao presidente Figueiredo, de 1981 a 1985. Depois foi embaixador em Madri, Bonn e Bruxelas, passando três anos na Secretaria de Relações com o Congresso e encerrando sua privilegiada carreira como embaixador em Atenas. Desfruta a aposentadoria em seu sítio em Barra do Piraí, município do interior fluminense.

Agildo Sellos de Moura
Serviu em Santiago do Chile de 1967 a 1971, quando passou a assessor do Ciex (na época Adoc). Um ano depois assumiria a chefia da Divisão de Segurança de Informações (DSI) do Itamaraty, onde permaneceu seis anos. Logo sua carreira decolou. Foi conselheiro na missão junto à Unesco, em Paris, e serviu nos consulados gerais em Miami e Montreal. Em 1987, ficou à disposição do Estado Maior das Forças Armadas, no Rio, e acabou como chefe da divisão de arquivo. Encerrou sua carreira como embaixador em Porto of Spain. Vive no Lago Sul, em Brasília.

Sérgio Damasceno Vieira
Foi “recrutado” pelo Ciex apenas em 1968, quando serviu como segundo-secretário em Varsóvia, que foi usada como escala pelos brasileiros que faziam treinamento de guerrilha em Cuba. A eficiência no monitoramento dos opositores lhe valeu a chefia de uma “assessoria especial” da DSI do Itamaraty, onde ficou por três anos. Serviria ainda em Lisboa e Caracas, antes de voltar a Brasília em 1981, para assumir a direção da DSI. Antes de se aposentar, Vieira foi embaixador em Kuala Lumpur e Guatemala, além de inspetor-geral na Secretaria de Estado. Recém aposentado, voltou para Salvador, sua terra natal.

Carlos Luzilde Hildebrandt
Foi um dos últimos chefes do Ciex. Passou pelas embaixadas da Bulgária e de Portugal. No informe 246 de 17 de dezembro de 1979, ele faz uma avaliação negativa das atividades de monitoramento externo ao chefe do Serviço Nacional de Informações. Na época, o SNI estava inchado e perdera muito em eficiência. Essa crise se refletiu no Ciex, e Hildebrandt aconselha uma revisão do Plano Nacional de Informações, a otimização dos esforços e a redução da burocracia.