(Do site do jornal O Globo, Júnia Gama. Publicado: 21/03/13 – 19h10) O novo ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse nesta quinta-feira na solenidade de transmissão de cargo que o ex-ministro Carlos Lupi foi vítima de “injusta campanha” e que irá resgatá-lo. O presidente do PDT e ex-ministro Lupi deixou o governo Dilma em 2011, em meio a suspeitas de desvio de recursos da pasta. Ele foi o principal articulador da nomeação de Dias para o ministério.
— O tempo é o senhor da razão, a população vai ver que ele foi um bom ministro. Cada um tem um estilo, o meu é diferente, ele mais falador do que eu, mais brigador do que eu. O Lupi é presidente do meu partido, eu não posso deixar de ser fiel a ele nem negar minha amizade porque alguém acha que ele errou. Eu acho que ele não errou, que ele sofre uma injustiça muito grande — defendeu ao falar de sua amizade com o ex-ministro.— Não tem processo, nem nada contra ele. Sou amigo dele e estou nomeando aquele que foi secretário-executivo na sua gestão, o Paulo Roberto Pinto — disse Manoel Dias.Lupi e o ex-ministro Brizola Neto não compareceram ao evento. Angela Rocha, mulher de Lupi, esteve presente e foi muito aplaudida. O novo ministro disse ainda que a troca no comando do ministério não garante que o PDT irá apoiar a reeleição de Dilma em 2014. De acordo com o ministro, a aliança só será discutida em 2014 se o partido “se sentir atendido”.— Não é natural, não é automático. Nós estamos no governo hoje em decorrência do apoio à presidente Dilma nas eleições passadas; 2014 é outra eleição. Se nosso partido se sentir atendido e nós pudermos implementar as políticas públicas que defendemos, é uma construção que, se bem elaborada, bem defendida, pode, de repente, sinalizar para também o apoio à presidente. Mas isso nós vamos discutir no ano que vem — afirmou. (ASCOM, FC)