PDT – 38 Anos de Socialismo


Por Hari Alexandre Brust
25/05/2018

“ Só a estrutura socialista resolverá os problemas da humanidade”.
Leonel Brizola

 

Neste 26 de maio, há 38 anos, o nosso saudoso e eterno presidente Leonel Brizola, criou o PDT, o fio da história, o elo entre a plataforma da Aliança Liberal, vitoriosa na Revolução de 1930, sob a liderança de Getúlio Vargas e o trabalhismo.

Para a militância trabalhista, todavia, o partido nasceu no exilio no encontro de Lisboa, em 17 de junho de 1979. Nesse encontro de 120 trabalhistas entre exilados e convidados do Brasil, foi recriado o PTB de memoráveis heranças trabalhistas e sociais, extinto pela ditadura.

Com a anistia, na sua volta ao Brasil, Brizola iniciou a reorganização dos trabalhistas na Legenda do PTB, todavia, o mago do regime militar General Golbery, temendo a força política do legado trabalhista de Getúlio Vargas, de quem Brizola era herdeiro político chegar à Presidência da República, manobrou junto ao TSE para Brizola perder a sigla do PTB para a Deputada Ivete Vargas aliada do regime.

Nesse dia Brizola chorou e disse: ” O embuste está consumado”. Diante da cena o poeta Carlos Drummond escreveu: “Vi um homem rasgar o papel em que estavam escritas as três letras que ele tanto amava. Como já vi amantes rasgarem retratos de suas amadas na impossibilidade de rasgarem as próprias amadas”. Brizola rasgou o papel com as letras do PTB e anunciou a criação do PDT.

Na definição de Brizola, “o trabalhismo nasceu da revolução de 30, de uma inspiração do presidente Vargas, que foi evoluindo de acordo com o processo social, empenhado em garantir direitos à massa dos deserdados.

Nós somos as verdadeiras reformas, a mudança, o voto Rebelde. O PDT é um partido derramadamente democrático. Somos a expressão brasileira do socialismo democrático e tornamos a feição social democrata, pois é preciso chegar a um certo nível de igualitarismo para termos desenvolvimento. Nós temos a genética, somos uma grande sementeira de ideias em benefício do povo brasileiro. Temos que estar sempre onde está o povo. Existimos para dar voz aos que não tem voz. Nossa ancoragem é a área deserdada da população. Nosso guia é o interesse público e o bem comum.

Nós temos a nossa responsabilidade com a história. Nosso partido é o único com determinação de assumir as grandes causas nacionais. Nenhum partido é tão nacionalista quanto o nosso. Queremos um país desenvolvido, autônomo, independente. Nós somos as emanações das lutas sociais”.

Nas eleições presidenciais de 2002, o PDT, sob o comando de Brizola, apoiou o então candidato pelo PPS Ciro Gomes, porque via na sua eventual vitória, a volta por cima do trabalhismo.

Segundo Ciro, vice-presidente nacional do PDT e candidato a presidência da república, “não há nada mais moderno hoje, do que o trabalhismo socialista e democrático, composto de três eixos: 1 – o nacionalismo e a questão nacional diante da globalização. 2 – o desenvolvimento, diante da desindustrialização e o fim do ciclo das commodities e 3 – a questão da distribuição de renda.

Nesse contexto, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, fiel e leal sucessor do mestre trabalhista Leonel Brizola, resolveu, ouvidas a instâncias partidárias, bancar a candidatura desse proeminente brasileiro, por um país desenvolvido, autônomo e independente.

 

*Hari Alexandre Brust é membro da Executiva Estadual do PDT – Bahia.